confesso que ainda não estou em mim...
chinelos?!
sexta-feira, julho 29, 2005 |
chinelos?!
quando anoitece
contorno no meu rosto
o perfil do dia que passou
e tudo o que não sou
me contradiz
quando anoitece
faço emergir do abismo
um instinto quase secreto
e fujo da noite,
em vertiginosa simetria com o vento.
há noites que duram uma eternidade nas paredes do quarto.
quinta-feira, julho 28, 2005 |
'zummm... porto'
quarta-feira, julho 27, 2005 |
Que te acende as noites em qualquer lugar
E tu desejas arder com ela
Enquanto bebes o perfume
Que ela deita nos seus trapos de côr
Para te embriagar
Essa miúda é um exagero
Diz que sem ti não sabe voar
E tu adoras voar com ela
E enquanto inventas espaços novos
Ela vai arquitectando uma teia
Para te aconchegar
Essa miúda faz-te acreditar
Que o Sol é um presente
Que a aurora traz
Principalmente para ti
Essa miúda é uma feiticeira
Prende-te a mente e põe-se a falar
E tu bem tentas compreendê-la
Mas o que sai da sua boca
Não parece condizer com o que ela
Te diz com o olhar
Essa miúda faz-te acreditar
Que o Sol é um presente
Que a aurora traz
Principalmente para ti
desta vez ele procurava um geriatra para ser mandatário da campanha.
terça-feira, julho 26, 2005 |
aprendi a noite. aprendi que chorar muito não faz com que chore menos. aprendi a observar as coisas e as pessoas. aprendi que importa muito mais o que os outros pensam ou não pensam. o que gostam e o que não gostam. aprendi a questionar e a estar calada. aprendi a fazer por falhar antes de falhar. aprendi, depois, a falhar. aprendi para que servem as janelas e para que servem os espelhos. aprendi a não me arrepender. aprendi a conhecer-me e a entender-me e não me entendo nem a maior parte das vezes. aprendi que não cheguei nunca onde queria chegar porque, muito antes, já tinha aprendido a desviar-me do caminho a seguir.
...sonhei que o Mário Soares ia ser candidato à Presidência da República.
segunda-feira, julho 25, 2005 |
e cheirar a terra. e sorrir logo pela manhã.
sexta-feira, julho 22, 2005 |
este blog tem vida própria! :O
quarta-feira, julho 20, 2005 |
And burn your bridges down.
We make a little history baby
Every time you come around.
Come loose your dogs upon me
And let your hair hang down.
You are a little mystery to me
Every time you come around.
We talk about it all night long
We define our moral ground.
But when I crawl into your arms
Everything comes tumbling down.
Come sail your ships around me
And burn your bridges down.
We make a little history baby
Every time you come around.
Your face has fallen sad now
For you know the time is nigh
When I must remove your wings
And you, you must try to fly.
Come sail your ships around me
And burn your bridges down.
We make a little history baby
Every time you come around.
Come loose your dogs upon me
And let your hair hang down.
You are a little mystery to me
Every time you come around.
terça-feira, julho 19, 2005 |
na tv passa uma peça qualquer sobre o fcp:
v. - este co adriaanse é bom. duro. tem a escola do ajax.
p. - ena!, então deve ser bom a lavar vidros.
sexta-feira, julho 15, 2005 |
- olha, vou tomar café e já volto.
- fazes muito bem, c'a fé é que nos salva.
fotografias de telemovel
parque da cidade - 15/07
1 livro
1 baguete de atum
1 coca-cola
uma suave brisa
e miúdos com chapéus brancos a gritar.
quinta-feira, julho 14, 2005 |
Lá em cima há planícies sem fim,
há estrelas que parecem correr,
há o Sol e o dia a nascer,
e nós aqui sem parar numa Terra a girar.
Lá em cima há um céu de cetim,
há cometas, há planetas sem fim,
galileu teve um sonho assim,
há uma nave no espaço a subir passo a passo.
Lá em cima pode ser o futuro,
alegria, vamos saltar o Mundo,
e a rir, unidos num abraço,
vamos contar uma história...
Ah!, que saudades do 'Era uma vez o espaço'... e como eu gostava daquele velhinho com umas barbas até ao chão :) parecia mesmo que se lhe tinha acabado o gel de banho B)
terça-feira, julho 12, 2005 |
«Para um amigo tenho sempre um relógio
esquecido em qualquer fundo de algibeira.
Mas esse relógio não marca o tempo inútil.
São restos de tabaco e de ternura rápida.
É um arco-iris de sombra, quente e trémulo.
É um copo de vinho com o meu sangue e o sol.»
a.r.rosa
segunda-feira, julho 11, 2005 |
In the town where I was born lived a man who sailed to sea.
And he told us of his life in the land of submarines.
So we sailed up to the sun till we found the sea of green.
And we lived beneath the waves in our yellow submarine.
We all live in a yellow submarine,
Yellow submarine, yellow submarine
We all live in a yellow submarine,
Yellow submarine, yellow submarine
And our friends are all on board, many more of them live next door.
And the band begins to play.
We all live in a yellow submarine,
Yellow submarine, yellow submarine.
We all live in a yellow submarine,
Yellow submarine, yellow submarine.
And we live a life of ease. Everyone of us has all we need.
Sky of blue, and sea of green, in our yellow submarine.
We all live in a yellow submarine,
Yellow submarine, yellow submarine.
We all live in a yellow submarine,
Yellow submarine, yellow submarine.
We all live in a yellow submarine,
Yellow submarine, yellow submarine.
We all live in a yellow submarine,
Yellow submarine, yellow submarine.
deixei de os contar e os últimos 10 foram assim uma espécie de presságio.
sábado, julho 09, 2005 |
...
sexta-feira, julho 08, 2005 |
levei um murro no estômago.
quinta-feira, julho 07, 2005 |
fortaleza dos ossos
varanda alinhada nos dentes
pequenez daquilo que se sente
razão da noite
rente aos astros.
quarta-feira, julho 06, 2005 |
estou mais magra. caiu-me o anel do polegar.
Menino do rio, calor que provoca arrepio
Dragão tatuado no braço, calção corpo aberto no espaço
Coração de eterno flerte, adoro ver-te
Menino vadio, tensão flutuante do Rio
Eu canto pra deus proteger-te
O Hawaí seja aqui, tudo o que sonhares
Todos os lugares, as ondas dos mares
Pois quando eu te vejo eu desejo o teu desejo
Menino do rio, calor que provoca arrepio
Toma esta canção como um beijo.
- Caetano Veloso
[Monsanto Set. 2004]
terça-feira, julho 05, 2005 |
Afurada. O rio e o mar ao longe. Serenidade.
segunda-feira, julho 04, 2005 |
Deito fora as imagens.
Sem ti, para que me servem
as imagens?
Preciso habituar-me
a substituir-te
pelo vento,
que está em qualquer parte
e cuja direcção
é igualmente passageira e verídica.
Preciso habituar-me ao eco dos teus passos
numa casa deserta,
ao trémulo vigor de todos os teus gestos
invisíveis,
à canção que tu cantas e que mais ninguém ouve
a não ser eu.
Serei feliz sem as imagens.
As imagens não dão
felicidade a ninguém.
Era mais difícil perder-te,
e, no entanto, perdi-te.
Era mais difícil inventar-te,
e eu te inventei.
Posso passar sem as imagens
assim como posso
passar sem ti.
E hei-de ser feliz ainda que
isso não seja ser feliz.
- Raul de Carvalho
sexta-feira, julho 01, 2005 |
«O que dói
é tudo e mais aquilo que desteço
ao tecer para ti novos regressos.»
Daniel Faria (excerto do poema Ítaca)
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