constatação caligráfica
no blog não se percebe mas a verdade é que a minha letra está pior desde que vim de férias.
quarta-feira, agosto 31, 2005 |
no blog não se percebe mas a verdade é que a minha letra está pior desde que vim de férias.
terça-feira, agosto 30, 2005 |
abro o meu sono para te lembrar a boca.
mas só mesmo às vezes, apetece-me dizer a palavra.
segunda-feira, agosto 29, 2005 |
tenho para te dar os dedos com que afago o teu cabelo.
sexta-feira, agosto 26, 2005 |
sexta-feira, agosto 05, 2005 |
quinta-feira, agosto 04, 2005 |
terça-feira, agosto 02, 2005 |
«Abandonar a aldeia o lugar a casa o corpo
a escrita e todas as paisagens
viajar escondido no comboio-correio da noite
repisar tua sombra oblíqua naqueles areais
cercado de água morder o coral do medo
onde tua ausência se quebra... migrar
com as marés da noite para regiões onde o sonho existe
fora de ti
uma cerveja outra e outra
para que um sorriso se revele na embrieguez da despedida
abro um livro:
....Uma só coisa é necessária: a solidão, a grande solidão interior. Caminhar
em si próprio e, durante horas, não encontrar ninguém - é a isto que preciso chegar.
não consigo ler mais... fecho os olhos
a paisagem desaparece num rápido e desfocado adeus
penso voltar
e sei que mentira desperta já em mim
recosto-me profundamente no assento... desafio o son
invade-me a ânsia do eterno viajante
comboios barcos que vão para onde?
esperem por mim
eu vou»
Al Berto
de «Salsugem», 1978/83: Doze Moradas de Silêncio, 1978/79
segunda-feira, agosto 01, 2005 |
«Em todas as esquinas da cidade
Nas paredes dos bares à porta dos edifícios públicos nas janelas dos autocarros.
Mesmo naquele muro arruinado por entre anúncios de aparelhos de rádio e detergentes.
Na vitrine da pequena loja onde não entra ninguém
No átrio da estação de caminhos de ferro que foi o lar da nossa esperança de fuga
Um cartaz denuncia o nosso amor.
Em letras enormes do tamanho
Do medo da solidão da angústia
Um cartaz denuncia que um homem e uma mulher
Se encontraram num bar de hotel
Numa tarde de chuva
Entre zunidos de conversa
E inventaram o amor com carácter de urgência
Deixando cair dos ombros o fardo incómodo da monotonia quotidiana.
Um homem e uma mulher que tinham olhos e coração e fome de ternura
E souberam entender-se sem palavras inúteis.
Apenas o silêncio. A descoberta. A estranheza
de um sorriso natural e inesperado.
Não saíram de mãos dadas para a humidade diurna.
Despediram-se e cada um tomou um rumo diferente
Embora subterraneamente unidos pela invenção conjunta
de um amor subitamente imperativo. (...)»
excerto do poema 'A Invenção do Amor', Daniel Filipe
ela lança boomerangs como quem quer golpear a vida. ou o silêncio. ou ainda a solidão.
«o que mais quero de ti é muito mais difícil do que tudo que um corpo pode dar. quero que me ensines a amar...»
pedro paixão, ladrão de fogo
STOP STOP STOP STOP
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