...

 

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Ron Mueck

«(...)
a noite singra a pele.
e tu escondias a cara num pano branco e quando fitavas as mãos eu sentia medo de um deus.
estávamos sentados à sombra dos tamarindos. ouvíamos uma voz e não sonhávamos.
nenhum de nós sabia se o sonho, ou a morte, nos conduziria a algum porto de felicidade.
não me lembro o que aconteceu a seguir
(...)
o horizonte é negro. a luz do dia extinguiu-se subitamente.
as mãos com que te toco, luminoso afago, não são verdadeiras nem reais - porque o tempo todo talvez esteja onde existimos. embora saibamos que nesse lugar nunca houve tempo nenhum.»
al berto, in 'o medo'

 

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