estado de espírito
enleia nas unhas o triste sono das violetas
e nas haste das cassiopeias demora-te
para surpreenderes o estelar canto do rouxinol
rasga janelas no lume íntimo da lareira
pede à noite que sob as pálpebras se transforme
numa imensa borboleta em chamas
a casa onde vives alimenta-se com o sorriso
da criança que estende as mãos para ti
enquanto o turvo líquido da velhice escurece
a memória do tempo sem palavras.
al berto
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