16/09/1991

 

era uma consulta de rotina como tantas outras que tinha feito mas algo no olhar dele a fez pensar doutra forma. analisava cuidadosamente os exames que ela lhe tinha trazido. e olhava-a. inclinou-se para trás no velho cadeirão de madeira e disse-lhe que precisavam falar. perguntou-lhe se queria chamar alguém. ela respondeu-lhe que não. foi então que ele lhe disse que os exames não estavam tão bem como era suposto estarem. foi então que ele lhe disse que talvez tivessem que repetir outras análises para cruzarem resultados mas, que o mais provável, era o confirmar daquilo que lhe diria a seguir. e foi. ela tinha 22 anos, muitos sonhos e uma 'coisa' que a corroía por dentro. primeiro foi a revolta, depois a resignação. fechou-se demasiado em si. defendeu-se.
tem hoje 36 anos, uma 'coisa' que a corrói e ainda vive com medo de não ter tempo para esperar o amanhã.

 

mas tem quem esteja sempre ao lado dela...

bjos

restaram muito poucos depois de... mas sim, incondicionalmente ficaram alguns.

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