conto-te enrolada nos dentes com
lâmpadas a caírem no silêncio
do teu corpo

abro o meu sono para te lembrar a boca
as narinas no parto do ar
a terra contra a árvore onde
nasces a pronunciar parede nesta
lisura que se perde sem qualquer rebordo

pulso-te na interrogação na
frase de nenhuma escrita
testemunho-me na aridez soletro demais
e tu estalas-te no rebentamento das ondas

 

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