passeio o hálito dos teus lábios
a minha máscara cai na matéria quotidiana do corpo
a raiva queima-me a pele na ponta dos fósforos
que cerro em punho a estalar a calma dos locais sozinhos
agarro as sombras que repetem no chão a chegada da luz
encaminho-me nas esquinas sentada na terra respirada
e a tua ausência aumenta as pupilas do tempo
recebo as verdades árduas que me chegam
penduro a tristeza nos joelhos
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